O seguro de vida é um contrato que garante proteção financeira para seus familiares ou dependentes, no caso de sua falta. Esse é um seguro que também pode beneficiá-lo diretamente, em caso de invalidez permanente ou de doença grave, por exemplo. Muitos não sabem que existem dois tipos de seguro de vida, o comum, chamado temporário, e o resgatável.
O mais conhecido é o temporário, nele há um valor de contribuição, geralmente mensal, que garante indenização. Dependendo do plano, pode cobrir os riscos de morte ou morbidade (como invalidez, doenças, diárias hospitalares, renda por incapacidade). Já no seguro resgatável, há um diferencial: a possibilidade de resgatar os valores de contribuição em um determinado período. É usado quando queremos assegurar um sonho ao filho(a) ou ter garantia de proteção a família, por exemplo. Estes seguros resgatáveis são chamados pelo mercado de Dotal ou Vitalício, respectivamente.
O seguro de vida resgatável, quando tem função de garantia vitalícia, pode ser considerado como um ativo familiar. Ou seja, patrimônio para os herdeiros. Portanto, a finalidade do seguro de vida pode ser distinta e ter diferentes funções na vida de uma família. Um exemplo dessas funções é cobrir os gastos com a transferência da herança. Isso significa que ao invés de consumir o patrimônio líquido de investimentos, pode-se usar o seguro de vida para gastar o dinheiro próprio. Uma simples conta pode demostrar a vantagem financeira em adquirir o produto vitalício.
Imagine que a família possui R$ 1.000.000 de patrimônio para transferir aos herdeiros. Os custos de transferência a alguém sempre existirá, tanto em vida quanto casa mortes (ITBI ou ITCMD). As alíquotas dos impostos aplicadas sempre existirão, além do custo no cartório e os honorários advocatícios. Portanto, para uma família com patrimônio sempre haverá esse custo de transmissão. Como é algo inevitável, qual seria a melhor alternativa do ponto de vista financeiro? Esperar para transmitir ou prever o custo de transmissão futura. Se as pessoas querem otimizar gastos, geralmente a solução mais barata é contratar um seguro de vida vitalício. Porque você contrata uma cobertura (que seria o valor estimado de inventário ou custo de transferência dos bens) por um valor menor do que deixar para pagar esse custo no futuro.
A condição de prêmio nivelado abre oportunidade para profissionais financeiros fazerem contas para as famílias se beneficiarem com esse produto. Além dessa função a família pode ter outros benefícios com o seguro de vida resgatável. Como uma alavancagem patrimonial, reserva para contingência, recursos para restabelecer a vida familiar, proteção contra dívidas, entre outros.
O fato é que esse seguro pode ajudar de muitas maneiras, as vezes até para um complemento para a aposentadoria. Entretanto, mesmo que tenha a opção de resgate, não é de maneira alguma o melhor produto para investimentos. O produto de vida serve para dar garantias definidas a família antes de contratar. Já os investimentos sofrem alterações do mercado durante o tempo. Todavia o seguro preservará o poder de compra no caso de seguros de vida comercializados no Brasil.