Trabalhei a vida inteira, ralei duro, e abdiquei de algumas mordomias justamente para construir o meu patrimônio de uma forma consistente, e que eu pudesse ter aquela mordomia ou então aproveitar da minha Liberdade Financeira de uma forma digna e sem me preocupar que algum dia vou depender financeiramente de outra pessoa.
Esse é o seu cenário? Pode ser que não, que talvez todo o seu patrimônio tenha caído repentinamente no “seu colo” como uma herança, por exemplo.
Enfim, a principal dúvida é como não dilapidar o patrimônio. Para sanar essa dúvida você primeiro precisa entender quais os riscos que rondam esse patrimônio e possam fazer com que ele seja consumido. Fazendo as seguintes perguntas:
Qual padrão de vida
esse patrimônio me proporcionará?
Estou satisfeito
com esse padrão?
Se não, estou disposto à me expor ao
risco para buscar rendimentos maiores?
Caso ocorra alguma emergência,
impactará esse patrimônio?
Meus herdeiros possuem a liquidez necessária para as custas de sucessão do patrimônio?
Nas duas primeiras
perguntas
Com certeza você vai identificar o tempo de duração desse patrimônio caso você o consuma aos poucos para suas necessidades e desejos. Existem muitos exemplos de pessoas que não fazem essa conta e o patrimônio chega a ser consumido por completo e a pessoa passar a viver dependente de outra ou é obrigado a voltar para o mercado de trabalho. Tenho certeza que você possui um exemplo desse bem próximo de você, quiçá até na sua família. Pense bem.
Se você chegou na
terceira pergunta
Talvez você entenda de investimentos e os riscos que podem ocorrer dependendo dos tipos de investimentos que optar como alocação, mas também pode ser aquela pessoa onde o patrimônio está boa parte imobilizado ou então empregado num empreendimento, em algum business. E se eu não conseguir alugar o imobilizado? Ou se esse empreendimento passar a não dar mais lucro, ou então falir?
Na quarta
pergunta
Nós sempre buscamos acreditar que nada de grave vai acontecer com a gente, ou muito menos o impacto no patrimônio e no nosso padrão de vida. Com certeza o Schumacher também pensava o mesmo, e mesmo com o tamanho do patrimônio construído numa carreira vitoriosa e financeiramente rentável como a dele, o todo está sendo consumido pela família para tentar mantê-lo vivo com eles o máximo de tempo possível.
E na última pergunta
Chegamos ao ponto crucial da dilapidação do patrimônio das famílias brasileiras, que justamente é não saber se planejar para a sucessão de seu patrimônio, onde caso os herdeiros não tenham liquidez para todas as custas dessa sucessão (que não são poucas) o patrimônio é abandonado ou então repassados para custear a sucessão, como os honorários advocatícios, que tendem a aumentar caso o detentor do patrimônio tenha algum processo jurídico, podendo atrasar todo o processo da sucessão.